SONHO DO POETA POR JACIMAR BERTI BOTI
Encontrando-se com ela, o poeta declarou:
Sabe mulher, amei você como o sol de
primavera.
Amei você como a água cristalina que jorra das mais altas
montanhas daquela serra.
Como a luz de um novo dia que realça
a mais encantadora flor, que permanece na lembrança, no sorriso da criança, o
verdadeiro amor.
Amei você como um beija flor que do
néctar precioso se abastece e vai disseminando o perfume de flor em flor.
Amei você como a alegria daquela
linda criança que sensibiliza o mais cruel e violento dos homens.
Amei seu ideal de vida, sua paz, seu
momento.
Amei sua vontade de crescer, Seus carinhos, sua honestidade e
seu talento.
Amei tudo de bonito que há em você,
pois em cada caminho, em cada lugar que freqüentava, ficou um pouco de saudade
de você.
Em cada livro que lia sobre anjos, um
deles era você.
Em diversas universidades, onde apresentava trabalhos, ali no
auditório, estava você.
Em cada curso que fazia por esse
Brasil afora, a professora que ministrava as aulas era você.
Nas provas de desempenho didático,
você era minha fonte de inspiração, seu sorriso encantador, pulsava forte o meu
coração.
Nos filmes que assistia, uma das
personagens era você, nas danças, nos movimentos, na interpretação e na voz só
aparecia você.
No apartamento onde eu morava, da
janela eu a via no horizonte do céu azul, com singeleza e alegria, soprando
pétalas de rosas ao vento sul.
Na praia, você estava na espuma sobre
a areia, mostrando toda a sua realeza e seu talento; seu olhar vinha em minha
direção olhando-me firme, trazendo consigo toda a sua beleza.
Nas ondas do mar, você era uma
sereia, flutuando e exalando um perfume de princesa, andando sobre as águas,
ensinando os peixes a nadar, mostrando seu perfil e amor pela natureza.
Naquele restaurante, você estava
sentada ao meu lado, podia até tocar em você, sentir seu perfume, seus cabelos
soltos ao vento, seu sorriso estampado no rosto, até na música suave que tocava
havia um pouco de você.
Gostava das minhas coisas, me achava
inteligente e se orgulhava de estar ali comigo, dizendo que eu era o seu
príncipe encantado, que eu estava sempre em sua mente.
Apreciava meu jeito simples de ser,
via nos meus olhos o que lhe faltava para completar sua caminhada, gostava da
minha forma simples de viver.
Também gostava das coisas simples da
vida, não queria luxo, apesar de ser vaidosa, mas tinha um grande ideal de
vida, muita alegria e acima de tudo, muito cheirosa.
Tudo aquilo passando na minha cabeça,
me ofuscava a mente e acelerava meu coração, quando olhei para dentro de mim e
percebi que algo queimava meu peito, virava para todos os lados na cama e
acordei assustado!
Sentei na cama, e da janela, olhei para o horizonte azul, um vento gelado batia no meu rosto, quando baixei a cabeça, meio tristonho, e cai no mundo real, pois percebi que tudo aquilo era simplesmente um sonho.
Autoria de: Jacimar Berti Boti,
Colatina-ES. Prof. de Biologia, MsC em Biologia animal pela Universidade Federal
de Viçosa-MG. Escritor de Livros Didáticos de Biologia, Crônicas, Contos e
Poesias. Acadêmico Titular da ACLAPT-CTC, Cadeira no 17, Patrono Abner de
Freitas Coutinho.
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